sábado, novembro 20, 2010

Faço-te saber que [you've got a friend in me]


You've got a friend in me / You've got a friend in me / When the road looks rough ahead / And you're miles and miles / From your nice warm bed / Just remember what your old pal said / Boy, you've got a friend in me / You've got a friend in me / You've got a friend in me / You've got a friend in me / You've got troubles, well I've got 'em too / There isn't anything I wouldn't do for you / We stick together and we see it through / You've got a friend in me / You've got a friend in me  / Some other folks might be / A little bit smarter than I am / Bigger and stronger too / Maybe / But none of them will ever love you the way I do / It's me and you / And as the years go by / Boys, our friendship will never die / You're gonna see / It's our destiny / You've got a friend in me / You've got a friend in me / You've got a friend in me.

quinta-feira, novembro 11, 2010

São os loucos de Lisboa... [Sr. do Adeus]

 

 ...que nos fazem duvidar. A terra gira ao ao contrário. E os rios nascem no mar.

- - -
O homem conhecido como o “senhor do adeus”, que acenava diariamente aos habitantes de Lisboa, morreu esta quarta-feira, aos 80 anos.

João Manuel Serra ficou conhecido dos lisboetas por ao final da tarde andar na zona do Restelo e à noite passear pelo Saldanha, locais onde se dedicava a acenar aos carros que passavam.

O que começou por ser uma excentricidade, acabou por entrar na rotina dos lisboetas e muitos já lhe acenavam e buzinavam quando por ele passavam, de carro.

Em entrevista, João Serra revelou que acenava aos carros que passavam por acreditar que assim daria um dia feliz aos outros, mas também como forma de preservar a sua sanidade mental.

O senhor do adeus era, diz quem o conheceu, um homem com «uma educação acima da média» e também um apaixonado por cinema. Todos os domingos, de há sete anos para cá, João Serra ia ao cinema com dois amigos e opinava, depois, sobre os filmes que viu na internet.

Terá sido, aliás, através do blog Senhor do Adeus, que se tornou pública a notícia da morte. O último filme que João Manuel Serra viu foi «A Rede Social», sobre o Facebook, onde, mesmo sem saber, já tinha uma página de fãs.

Depois de falar do filme, João Serra despediu-se dos leitores de forma diferente do habitual: «Boa noite para todos e até à próxima... e ainda é cedo, mas desejo um feliz Natal a todos e estejam todos muito felizes».


quarta-feira, novembro 03, 2010

I love seeing old couples | it makes me realize that actually someone can love you forever


 "Toos (84) and Arie (85)"
Marrie Bot
Timeless Love, 2004

[achei-a linda de morrer e não resisti a partilhá-la.]



quarta-feira, outubro 27, 2010

terça-feira, outubro 26, 2010

I love you | I just called to say


Há um lugar que se chama Amor.

sábado, outubro 02, 2010

AMOR | 2 Outubro 2010

AMOR

Ouve. Há dias em que questiono os gestos mais simples. Respirar, o que é? Nesses dias, as metáforas fazem mais sentido do que beber um copo de água. O que é um copo de água? Um copo é feito de vidro e eu não sei de onde vem o vidro, transparente e frágil, duro, excepto perante o chão, excepto perante uma pedra. Alguém lhe deu a forma de copo, esse conhecimento foi ensinado através de gerações, há estranheza em tudo isso: nesse alguém desconhecido, nessa distância. Depois, há a água, essa substância que chove, oposta ao fogo, que atravessa organismos provisórios. Há o próprio acto de beber, que é uma necessidade fisiológica. Em dias, como hoje, tudo isso é absurdo, falta-lhe sentido, e as metáforas têm muito mais lógica, crescem do ar, ateiam-se num mundo invisível. Se procuro razões, acredito que somos mais importantes do que a nossa pele. Somos mais importantes do que os nossos pulmões.

Os nossos cabelos ficam mortos na almofada, há vassouras a varrê-los no soalho. Para nomear aquilo que comunica entre nós, precisamos de metáforas. Sei que entendes o meu inverno, vejo-o no reflexo dos teus olhos e, no entanto, não são os teus olhos que vejo. Falo dos teus olhos apenas porque esta é a linguagem da nossa condição, da nossa espécie, mas aquilo que temos para dizer e nos une é muito maior e mais importante do que a nossa condição ou do que a nossa espécie.

Por exemplo, damos a mãos. O que importa realmente não são as nossas mãos, feitas de ossos que aprendemos nas aulas de biologia, mas sim uma âncora de oceano. Quando damos as mãos, somos um barco feito de oceano, a agitar-se sobre as ondas, mas ancorado ao oceano pelo próprio oceano. Pode estar toda a espécie de tempo, o céu pode estar limpo, verão e vozes de crianças, o céu pode segurar nuvens e chumbo, nevoeiro ou madrugada, pode ser de noite, mas, sempre que damos as mãos, transformamo-nos na mesma matéria do mundo. Se preferires uma imagem da terra, somos árvores velhas, os ramos a crescerem muito lentamente, a madeira viva, a seiva. Para as árvores, a terra faz todo o sentido. De certeza que as árvores acreditam que são feitas de terra.

Por isto e por mais do que isto, tu estás aí e eu, aqui, também estou aí. Existimos no mesmo sítio sem esforço. Aquilo que somos mistura-se. Os nossos corpos só podem ser vistos pelos nossos olhos. Os outros olham para os nossos corpos com a mesma falta de verdade com que os espelhos nos reflectem. Tu és aquilo que sei sobre a ternura. Tu és tudo aquilo que sei. Mesmo quando não estavas lá, mesmo quando eu não estava lá, aprendíamos o suficiente para o instante em que nos encontrámos.

Aquilo que existe dentro de mim e dentro de ti, existe também à nossa volta quando estamos juntos. E agora estamos sempre juntos. O meu rosto e o teu rosto, fotografados imperfeitamente, são moldados pelas noites metafóricas e pelas manhãs metafóricas. Talvez outras pessoas chamem entendimento a essa certeza, mas eu e tu não sabemos se existem outras pessoas no mundo. Eu e tu declarámos o fim de todas as fronteiras e inseparámo-nos. Agora, somos uma única rocha, uma única montanha, somos uma gota que cai eternamente do céu, somos um fruto, somos uma casa, um mundo completo. Existem guerras dentro do nosso corpo, existem séculos e dinastias, existe toda uma história que pode ser contada sob múltiplas perspectivas, analisada e narrada em volumes de bibliotecas infinitas.

Existem expedições arqueológicas dentro do nosso corpo, procuram e encontram restos de civilizações antigas, pirâmides de faraós, cidades inteiras cobertas pela lava de vulcões extintos. Existem aviões que levantam voo e aterram nos aeroportos interiores do nosso corpo, populações que emigram, êxodos de multidões famintas. E existem momentos despercebidos, uma criança que nasce, um velho que morre. Dentro de nós, existe tudo aquilo que existe em simultâneo em todas as partes.

Questiono os gestos mais simples, escrever este texto, tentar dizer aquilo que foge às palavras e que, no entanto, precisa delas para existir com a forma de palavras. Mas eu questiono, pergunto-me, será que são necessárias as palavras? Eu sei que entendes o que não sei dizer. Repito: eu sei que entendes o que não sei dizer. Essa certeza é feita de vento. Eu e tu somos esse vento. Não apenas um pedaço do vento dentro do vento, somos o vento todo.


Escuta,

ouve.

Amor.

Amor.

sábado, julho 17, 2010

Passei só para dizer que...

O Amor / é uma coisa muito boa / que bate numa pessoa / sem se saber bem porquê / É estranho / às vezes fica meio escondido / outras é doido varrido / sem se saber bem porquê / Então, o mundo fica mais bonito / a cada um seu favorito / e eu pertinho de ti / Paixão / é uma coisa assim bem forte / que nos faz perder o norte / sem se saber bem porquê / É estranho / tudo perde o seu sentido / vira fruto proibido / sem se saber bem porquê / e então, o mundo fica mais ansioso / a cada um seu amoroso / e eu pertinho de ti.

segunda-feira, junho 14, 2010

[outra vez] "le temps des cerises"

No ano passado foi assim. Este fim-de-semana, apesar de não haver registo fotográfico, foi igual parecido. 
Que os melros, esses malandros, que "estragam mais do que comem (é que se ao menos comessem...)", já me levavam duas semanas de avanço e arriscava-me a não as provar.
Queira Deus que possa ser assim por muitos anos. Queira Deus que, quando deixar de ser [exactamente] assim, a cerejeira ao pé do cabanal se mantenha igual e que eu possa subir sempre até onde as vertigens deixam, sentar-me na quarta trave do cabanal velho, em dias de coração azedo, para ir depenicando as pequenas mas doces cerejas como o coração. Enquanto apanhares framboesas para a joeira e nessa distância nascer o silêncio lá de cima hei-de perguntar sempre "Oh 'vô... que horas são?", porque o malandro do combóio não espera por mim e eu não quero ter o coração triste ao pé de ti estar em silêncio contigo.

quinta-feira, junho 10, 2010

2' 15''


Constance Petersen: I think the greatest harm done the human race has been done by the poets!
Anthony Edwardes: Oh, poets are dull boys, most of them, but not especially fiendish.
Constance Petersen: They keep filling people's heads with delusions about love... writing about it as if it were a symphony orchestra or a flight of angels.
Anthony Edwardes: Which is isn't, eh?
Constance Petersen: Of course not. People fall in love, as they put it, because they respond to a certain hair coloring or vocal tones or mannerisms that remind them of their parents.
Anthony Edwardes: Or... or... sometimes for no reason at all.
Constance Petersen: That's not the point. The point is that people read about love as one thing and experience it as another. Well, they expect kisses to be like lyrical poems and embraces to be like Shakespearean dramas.
Anthony Edwardes: And when they find out differently, then they get sick and have to be analyzed, eh?
Constance Petersen: Yes, very often.
Anthony Edwardes: Professor, you're suffering from "mogo on the gogo"
Constance Petersen: I beg your pardon!

quarta-feira, junho 02, 2010

[do meu estado] nostalgia

Volta e meia estou no baú para me lembrar do que me fe(a)z... feliz...


Caminho Primitivo... alguém alinha? Primeira quinzena de Setembro (negociável)...
* =) *

terça-feira, maio 25, 2010

[oh no] it's raining again


...it's raining again / Oh, will my heart ever mend. / You're old enough some people say / To read the signs and walk away. / It's only time that heals the pain / And makes the sun come out again. / It's raining again (...) Oh no, it's raining again / Too bad I'm losing a friend...
It's raining again - Supertramp

segunda-feira, maio 24, 2010

[do meu estado] color esperanza

Foram precisos muitos quilómetros, ir e estar lá, para perceber o verdadeiro sentido do já tão gasto testemunho "recebe-se muito mais do que aquilo que se dá". 
Hoje posso dizer que é verdade e que estas palavras também já se gastam comigo.
Numa altura em que se apela tanto à esperança paciente das pessoas em geral e dos que são obrigados a suportar o tantas vezes insuportável em particular, sublinho estas palavras daqui:

Esta palavra esperança, com maiúscula ou sem ela, o melhor é riscá-la do nosso vocabulário. Só os exilados e os desterrados que se conformaram com o desterro e o exílio a devem usar, à falta de melhor. Dá-lhes consolo e alívio. Os não conformados têm outra palavra mais enérgica: vontade.
Eu não sabia o que era a Esperança. Não sabia porque não a tinha experimentado ainda. Sabia o que era desejar muito, querer muito, torcer muito. Sabia erguer as mãos juntas. Sabia o que era a Fé e sabia acreditar independentemente de tudo quando isso me era possível. Mas Esperança é uma coisa diferente. Esperança é uma cor. Não é bem uma cor. Esperança é a tonalidade da cor. É o que faz a diferença no quadro! E isto aprendi-o lá, na saudosa Lwena: que a Esperança nasce numa sala, à luz de um gerador, que já noite caída se acende para os ensaios da coreografia para a festa de D. Bosco. E que a Esperança é uma música. E uma dança, uma coreografia ensaiada ao fim da tarde com risos e sorrisos que por se ouvirem largos da felicidade enquanto se deambula pelas ruas da pacífica Lwena convidam a entrar para se demorar neles. Que Esperança é a certeza de se pertencer a algum sitio, a alguma coisa, a Alguém. E são jovens de Lwena como eu de Ílhavo, com quem se está de igual para igual e Esperança está no gesto de oferecer uma gasosa, voltar a calçar o chinelo para cada um regressar à miséria que é cada casa - e quantas vezes me foi dificil encaixar que aqueles jovens inteligentes, empenhados, divertidos iam voltar às casas por onde eu tinha andado durante o dia, para jantarem funge se houvesse funge, e dormirem num dos cantos da casa de adobe mas onde, veja-se lá, mora a Esperança! 

De que cor é a tua Esperança?



Sé que hay en tus ojos con solo mirar / que estas cansado de andar y de andar / y caminar girando siempre en un lugar / Sé que las ventanas se pueden abrir / cambiar el aire depende de ti / te ayudara vale la pena una vez más / Saber que se puede querer que se pueda / quitarse los miedos sacarlos afuera / pintarse la cara color esperanza / tentar al futuro con el corazón / Es mejor perderse que nunca embarcar / mejor tentarse a dejar de intentar / aunque ya ves que no es tan fácil empezar / Sé que lo imposible se puede lograr / que la tristeza algún día se irá / y así será la vida cambia y cambiará / Sentirás que el alma vuela / por cantar una vez más / Vale más poder brillar /Que solo buscar ver el sol / Sé que lo imposible se puede lograr / que la tristeza algún día se irá / y así será la vida cambia y cambiará / Sentirás que el alma vuela / por cantar una vez más / Vale más poder brillar / Que solo buscar ver el sol

quarta-feira, maio 05, 2010

"(...) e estai sempre prontos a responder (...) a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança" 1 Ped 3, 15

Fátima Jovem 2010. Não há fotos, não há textos mas precisava tanto que poderia escrever isto outra vez.

Na terça-feira dei por acaso com a Aura Miguel a apresentar "As razões de Bento XVI" na Fnac do Colombo. Sentei-me e ouvi para me convencer a dar os 9,90€ que o livro custa. E se habitualmente me chateia dar muito dinheiro por livros fininhos (o meu inconsciente estabeleceu uma relação um bocado forçada entre a espessura de um livro e o preço a pagar por ele) desta vez foi diferente. Veio a calhar, não desinteressadamente, de certeza, mas veio a calhar.
A propósito da vinda do Santo Padre a este belo jardim à beira-mar plantado também eu me sinto na obrigação barra necessidade de esclarecer e iluminar as ideias e opiniões a ver se não vou nos rebanhos. E o piqueno livro é isso mesmo. Um resuminho (inho, inho...) do pontificado de Bento XVI salteado aqui e ali com um ou outro episódio, digamos que mais descontraído, que aproxima quem quer da pessoa por detrás do Papa.
Isto tudo para dizer que enquanto esperava numa fila vi um rapaz dos seus 18 anos, risonho, bem parecido, descontraído, e do tipo que eu noutra circunstância que não aquela consideraria tipicamente lisboeta, que é o mesmo que dizer com-a-mania-a-parecer-roçar-o-extremamente-mimado (perdão pela sinceridade) a aproximar-se do padre Edgar Clara, porta-voz do Patriarcado de Lisboa e membro da Comissão para a Comunicação da visita do Papa Bento XVI a Portugal, que moderava a apresentação do livro: "Padre Edgar, preciso de lhe dizer duas coisas!" dizia o rapaz, "Então?" disse o padre. "Primeiro, quero confessar-me...".
 A segunda coisa eu já não ouvi não porque não conseguisse mas porque aquele "quero confessar-me" ficou a ressoar por um bom tempo na minha cabeça. E muito mais não digo.

Não consigo não ter esperança no Mundo e nos Homens e não consigo deixar de responder a todo aquele que me pergunta a razão dessa esperança, como pedia São Pedro, o primeiro Papa.

segunda-feira, abril 12, 2010

Não sei o que cantavam mas embala(m)-me tantas vezes.

K’ono kwatota, omanu valuka [sei que] secou a nascente do rio e as pessoas mudam de lugar.

[Em Angola] "...há uma relação de causa e efeito entre a existência de um rio e a constituição de aglomerados populacionais nas suas proximidades. A água é indispensável para a sedentarização dos homens e quando a fonte seca, parte-se à procura de outro lugar."

... de que Água é a tua sede?

sábado, abril 03, 2010

Onde quer que estejas...

04 -04-09 estava muito sol e tínhamos ido à Feira de Março.

... continuas a ser o meu único afilhado. O maior detentor de "porquês" que conheci até hoje.

Alguns hão-de ter ficado sem resposta. Gosto de pensar que nos encontraremos por aí mesmo que nessa altura já sejas demasiado crescido para xi-corações à madrinha.
Até que esse dia chegue farei o que de melhor uma madrinha pode fazer à distância à qual não conhece medida: rezar por Ti.
Páscoa Feliz, N.
Um beijinho da Madrinha.
=)

terça-feira, março 30, 2010

[Tão] Simples são as coisas.

De vez em quando preciso que me chames atenção / Diviso passos avesso à emoção / Tu sabes preciso desse teu abraço / É que o dia hoje esteve contra mim / Por ser assim pedaço de papel deitado fora num jardim / Tu sabes as palavras vão fugindo daqui / Há fantasmas dentro de mim / A desmembrarem-me assim / Mas qual a inquietação / Qual versão do meu devir / Se dou o melhor de mim / Dias melhores hão-de vir / E se houver um tudo-nada que faça fugir / Há sempre uma estrada a cumprir / E se houver voos de inverno o perigo / Se houver inferno se for preciso / Tu vais lá estar / Incita-me olhares que façam sorrir / Inventa-me um céu onde possam surgir / Dias de sol mais de ti / Nas coisas simples, nas simples coisas / Como acreditar, levantar e caminhar de pé / Mas à distância do chão caminhar de pé / Sabes tu tens razão um abraço é alento uma maré.

5/1 - Simples são as coisas *

Melhor letra - FÉstival 2010

* Sou uma irmão orgulhosa em letras pequenas para não os estragar mas de elogios merecidos...

Quem ouviu quer mais!

sábado, março 27, 2010

[moving] tiempos de pequeños movimientos

... movimientos en reacción. Una gota junto a otra hace oleajes, luago, mares... océanos. Nunca una ley fue tan simple y clara: acción, reacción, repercusión. Murmullos se unen forman gritos, juntos somos evolución.

Moving, all the people moving, one move for just one dream. We see moving, all the people moving,one move for just one dream.

Escucha la llamada de "Mama Tierra", cuna de la creación. Su palabra es nuestra palabra, su "quejío" nuestra voz. Si en lo pequeño está la fuerza, si hacia lo simple anda la destreza. Volver al origen no es retroceder, quizás sea andar hacia el saber...

quinta-feira, março 18, 2010

[tempo] se cuidas de mim.

Não que isto interesse à maior parte das poucas pessoas que aqui passam mas acabo de ficar de férias por uns 17 dias que me vão saber a céu. É importante? Talvez não.

Mas não sei onde é que acaba a minha felicidade neste momento.

E quero tempo para concretizar músicas.

Como esta.

* * *

quarta-feira, março 17, 2010

"She wants to know if I love her. That’s all anyone wants from anyone else, not love itself but the knowledge that love is there, like new batteries in the flashlight in the emergency kit in the hall closet.”

Jonathan Safran Foer, Extremely Loud and Incredibly Close

sábado, março 13, 2010

Facebook meu, Facebook meu... que médica serei eu?

Eu já desconfiava! Andava-me assim a morder a perna que é como quem diz com a pulga na meia...
... mas o quiz do Facebook confirmou.

Ora, em menos de 1 minuto desfazem-se todas as dúvidas que pa(i)ram nessas cabecinhas.

Como no Pingo Doce: sem inclinações, vocações ou outras promoç... coisas acabadas em "ões" como "jeitinho para a coisa", com o Facebook é limpinho... algumas perguntas como "o que costumas fazer para passar o tempo?", "qual a tua cor favorita?" ou "qual a série que mais vês?" e eis que temos a resposta de uma vida (a de estudantes, pelo menos) aos nossos olhos!


Venham os bisturis e as suturas que a habilidade no manejo o Facebook garante!
- - -
* A validade do quiz foi criteriosamente testada, avaliada e confirmada com a obtenção do resultado "perfeita" no quiz "Que tipo de namorada és?". Só para que conste: o Facebook não mente.

quarta-feira, março 10, 2010

And [today] I could write a song a hundred miles long...

...Well, that's where I belong. And you belong with me.

quinta-feira, março 04, 2010

54' 16''

Outra. Linda, brilhante, às vezes perturbadora. Desta vez por parte de ambos: entrevistado e entrevistador. Como quem assiste a uma conversa de amigos que não parecem ser. Respostas profundas - tantas vezes tão sabiamente esguias - a perguntas destemidas e muito arrojadas. Duas inspirações distintas para o dia de hoje. Dois Antónios. Dois homens invulgares. Aqui.
* * *

terça-feira, março 02, 2010

Do que trago comigo.

Em nenhuma outra noite como nesta eu teria entendido tão bem o significado de um salmo, tão funda e enraizada estava a minha vontade no concreto da minha vida. Tantas graças tinha eu a dar a Deus.
Tínhamos chegado a Lwena ia já alta a noite depois de um dia e meio a bater estradas muito más que me tinham já deixado mazelas no corpo. As primeiras horas de caminho foram feitas emersa no espanto pela riqueza das imagens mais bonitas e menos bonitas que são constantes e na aventura expectante de um balanço ou manobra mais arrojados do Toyota em que seguíamos. A primeira metade do caminho é deslumbramento. A segunda não. O mau estado dos caminhos moeu-me o corpo e eram umas 23h30 do segundo dia quando chegávamos a Lwena comigo num estado aproximado ao transe a que um sofrimento mantido pode levar.
Nessa noite o gerador desligou-se mais tarde para que quando chegássemos fossemos acolhidos por todos os que também não tinham ido para a cama com o gerador porque nós chegávamos. E estavam praticamente todos lá, ainda que na altura eu não lhes conhecesse nem o nome nem as caras por só uma me ser familiar nessa noite. A todos os outros fui chegando com o tempo.
Nesta primeira noite, e apesar do corpo moído mas de alma tranquila por ter chegado onde haveria de pertencer, foi à volta da mesa que trocámos as primeiras palavras, respostas típicas a perguntas típicas: os “comos” e os “porquês” de também eu estar ali. Outras respostas daria numa das últimas noites em que as conversas já à luz da vela, muito depois de desligado o gerador, se tinham à volta da mesa da cozinha da casa dos voluntários do VIS.
Nesta primeira noite, porque os outros estavam todos ocupados, foi-me destinado um dos dois quartos do pequeno anexo ao fundo do quintal da casa. Já à luz fraca de uma vela fraca dei comigo num sitio onde fazia frio durante a noite, em que entre a porta e o chão havia quatro dedos de altura. Nas primeiras noites a mala que tinha levado tapava essa grande fresta assim que fechava a porta do quarto. Ao fim de umas noites tranquilizava-me mais que a fresta se mantivesse livre não fosse alguma criatura de Deus entrar-me no quarto e não conseguindo sair virar-se contra mim. Ora todas as noites seguintes foram passadas numa cordial convivência com as criaturas mais prováveis ao fundo de um quintal em Lwena.
Como com a lua pela janela entreaberta. Como com o movimentos e as palavras trocadas e as gargalhadas na rua entre os que saíam assim que o sol começava a raiar ainda antes das seis da manhã.
Mas estava nos salmos e em como nesta noite entendi o verdadeiro sentido destas palavras. Já deitada no colchão com três dedos de altura sobre um estrado de madeira o corpo fatigado queixava-se e os salmos eram “Oração de Confiança”, “Súplica e Acção de Graças” como nunca antes.
Agora, é pela noite dentro, quando já não há movimento ou rumor algum aqui por casa, que volto às fotografias de tudo e de todos aqueles que de alguma forma não ficaram suspensos nesse Agosto de 2009. Volto para ouvir as mães cantarem músicas que não sei do que falam mas há-de ser, com certeza, da esperança e da fé em cada dia novo. E fortaleço-me. Torno aos colos embrulhados em padrões de cores vivas para neles deitar a cabeça em busca dos gestos ternos, consolo e ânimo, que não faltam na mão destas mulheres. Volto como me inclino para o afago do Pai hoje num poema. Volto sem segurar sempre as lágrimas que não sei se são mais de desânimo, de saudade, de tristeza ou de alegria imensas.
Ainda lá, e à medida que se aproximava a altura de voltar, para regressar a Luanda foi preciso tentar algumas vezes conseguir o malfadado voo militar. Este acabou por surgir numa manhã, imprevisivelmente, e teve mesmo que ser aproveitado não fosse não haver outro tão cedo.
No fim acabei por não me despedir de quase ninguém e isso que faz-me crer que hei-de voltar a Lwena, um dia, por ter ficado tanto por fazer e dizer mas tanto mais por Ser.
Hoje, saudades.


vem procurar-nos


Deus que escutas o mundo,

e o barulho dos nossos corpos contra o molhe,

vem procurar-nos ao fundo da nossa noite,

lá onde os fantasmas nos devoram

e as belas palavras nos desmultiplicam

vem procurar-nos, Deus

ao fundo da nossa profissão de descontentamento

e de exportadores de deuses


não nos entregues aos nossos próprios discursos;

dá-nos antes um corpo de escuta e de desejo

para que te reconheçamos ao largo das nossas vidas.

livra-nos, Senhor,do medo de sermos encontrados diante de ti

como uma chaga aberta ou fonte

e concede-nos que te digamos

com toda a água e todo o sal da nossa vida

segunda-feira, março 01, 2010

"Como quem não quer a coisa" é sempre uma bela expressão.

Tenho para mim que com 30 cêntimos por dia a partir de hoje, o equivalente a um café rasco numa daquelas máquinas duvidosas perdidas em numerosos recantos dos mais diversos edifícios...

... e dia 1 de Junho autopresenteio-me.

213 x 296 mm 1086 gr

... e muito pop-up. Lindo.

Muito lindo. hUnf, hUnF...

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Quarta-feira de Cinzas

Ah... mas não tenho ideias.

Ah... mas não sei como é que se faz.

Ah... mas adormeço sempre antes sem querer.

Ah... mas sofro de artroses nos joelhos.

Ah... mas ninguém me ensinou...

Ah... não sei bem porquê mas coiso...

* * *

quarta-feira, janeiro 27, 2010

quarta-feira, janeiro 13, 2010

13 Jan.

Ladies and Gentlemen of the class of ’99 If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be it. The long term benefits of sunscreen have been proved by scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience…I will dispense this advice now. Enjoy the power and beauty of your youth; oh nevermind; you will not understand the power and beauty of your youth until they have faded. But trust me, in 20 years you’ll look back at photos of yourself and recall in a way you can’t grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked….You’re not as fat as you imagine. Don’t worry about the future; or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm on some idle Tuesday. Do one thing everyday that scares you Sing Don’t be reckless with other people’s hearts, don’t put up with people who are reckless with yours. Floss Don’t waste your time on jealousy; sometimes you’re ahead, sometimes you’re behind…the race is long, and in the end, it’s only with yourself. Remember the compliments you receive, forget the insults; if you succeed in doing this, tell me how. Keep your old love letters, throw away your old bank statements. Stretch Don’t feel guilty if you don’t know what you want to do with your life…the most interesting people I know didn’t know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds I know still don’t. Get plenty of calcium. Be kind to your knees, you’ll miss them when they’re gone. Maybe you’ll marry, maybe you won’t, maybe you’ll have children,maybe you won’t, maybe you’ll divorce at 40, maybe you’ll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary…what ever you do, don’t congratulate yourself too much or berate yourself either – your choices are half chance, so are everybody else’s. Enjoy your body, use it every way you can…don’t be afraid of it, or what other people think of it, it’s the greatest instrument you’ll ever own.. Dance…even if you have nowhere to do it but in your own living room. Read the directions, even if you don’t follow them. Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly. Get to know your parents, you never know when they’ll be gone for good. Be nice to your siblings; they are the best link to your past and the people most likely to stick with you in the future. Understand that friends come and go,but for the precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography and lifestyle because the older you get, the more you need the people you knew when you were young. Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live in Northern California once, but leave before it makes you soft. Travel. Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you’ll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders. Respect your elders. Don’t expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund, maybe you have a wealthy spouse; but you never know when either one might run out. Don’t mess too much with your hair, or by the time you're 40, it will look 85. Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it’s worth. But trust me on the sunscreen…