Para Xintir.
sexta-feira, maio 29, 2009
terça-feira, maio 19, 2009
Hoje.
"Depois, o Sol, quando passa / Solta os cabelos, com graça, / Deixa-nos oiro nas mãos..."
E é quando eu não consigo não ter vontade de sair daqui e correr à procura dos sítios onde não haja tempo a contar e onde possa sossegar e meditar no caminho. Onde não existam nem coisas nem circunstâncias interpostas entre aquilo que quero e aquilo que posso ver e onde me possa demorar para rasar o essencial da vocação. É em dias como o de hoje que dou pelo roçagar das penas e me lembro das asas. Apetece-me arrumar as tralhas dos dias, vir à tona e sair a procurar-te e lembrar-me do coração. "Queria - vê lá tu - sentar-me ao teu lado, numa varanda sobre o mar, e escrever um romance que tu pudesses admirar. Era esse o nosso projecto comum: escrever romances paralelos, com os olhos misturados no mesmo mar (...) Há quanto tempo não te arde o coração?"
E vejo-te ir, pequeno, sem tempo de girar contigo esse leme pesado que vai dobrando os cabos da tua vida e lembro-me do compromisso. A torcer por ti.