No ano passado foi assim. Este fim-de-semana, apesar de não haver registo fotográfico, foi igual parecido.
Que os melros, esses malandros, que "estragam mais do que comem (é que se ao menos comessem...)", já me levavam duas semanas de avanço e arriscava-me a não as provar.
Queira Deus que possa ser assim por muitos anos. Queira Deus que, quando deixar de ser [exactamente] assim, a cerejeira ao pé do cabanal se mantenha igual e que eu possa subir sempre até onde as vertigens deixam, sentar-me na quarta trave do cabanal velho, em dias de coração azedo, para ir depenicando as pequenas mas doces cerejas como o coração. Enquanto apanhares framboesas para a joeira e nessa distância nascer o silêncio lá de cima hei-de perguntar sempre "Oh 'vô... que horas são?", porque o malandro do combóio não espera por mim e eu não quero ter o coração triste ao pé de ti estar em silêncio contigo.
1 comentário:
Já me fartei ontem de comer cerises.
Beijo e vai enriquecendo-nos com a tua escrita!
João Alves
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