segunda-feira, abril 30, 2007

Ne me quitte pas.

Ne me quitte pas / Je t'inventerai / Des mots insensés / Que tu comprendras / Je te parlerai / De ces amants là / Qui ont vu deux fois / Leurs coeurs s'embrasser / Je te raconterai / L'histoire de ce roi / Mort de n'avoir pas / Pu te rencontrer / Ne me quitte pas / Ne me quitte pas / Ne me quitte pas / Ne me quitte pas (...)

Jacques Brel

Tenho pensado na memória. E tenho escrito sobre a memória. Somos feitos dessa matéria difícil de descrever, a guardar o que foi melhor e a tentar esconder no seu fundo o que foi pior. Porque tudo nos habita, até o esquecimento. Somos feitos das coisas que vivemos, daquilo que nos disseram ou que dissemos (ou que não nos disseram e que não dissemos), de gestos, muitos gestos, nossos e das "nossas" pessoas em nós. Somos feitos de momentos pequeninos aos quais se calhar não demos nenhuma importância, e que um dia, de repente, percebemos que são aquilo que "cola" uns aos outros todos os outros momentos.

Mafalda Veiga

Hoje estava capaz de... perder a cabeça.

Deixá-la a rolar entre pés e passadas, (quase) sem direcção predefinida, certa de que não deixaria de acertar cada milímetro rolado, de tão desnivelado que está o chão do pensamento.

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