sexta-feira, outubro 12, 2007

Das coisas que Deus me deixa ditas atrás das orelhas.

Hoje estava capaz de sair por aí. Meter a quinta, não sair dela e, desassossegada, largar a procurar, do vento e do salitre, o que de um faz com que o outro se cole ao cabelo e à pele, arrefeça as pálpebras e salgue mais as lágrimas.
Porque, por hoje, carente, procurava com exaustão o afago num gesto, o abraço no enleio de uma aragem soprada com mais força, o conforto num ninho improvisado entre pedras, a acalmia do mundo, por esta hora, a perscrutar alguma esperança, o meu ansiado sentido num astro caído com rumo predestinado, o meu futuro. O que preciso, agora, neste Teu acalento universal.
Hoje quero para mim muito mais do que o que tenho. Quero-me mais do que a mim só. Quero-me a mim Contigo a baralhar as leis da Vida e a fazer crescer, sem ver-lhes depois as mãos, os meus braços. Quero retribuir, no inadiável hoje, o Amor que me tens. Adubar o coração, porque também precisa, e esticar infinitamente a vontade que tenho de Ti.
Quero a graça de um colo onde caiba o Mundo e a exiguidade de uma testa que deixe que Te sobeje o ombro.
Quero-me ao lado, alada, colada. Comprometida, incontida e desmedida.
Sempre.

2 comentários:

Anónimo disse...

Quem nada conhece
nada ama
Quem nada pode fazer
nada compreende
nada vale

Mas quem compreende
também ama, observa, vê...
Quanto maior o conhecimento
inerente numa coisa,
tanto maior o Amor...
(Paracelso)

Post by João Alves

Anónimo disse...

"Sinhor obrigado pa és vida ki bu dano... Sinhor obrigado pa és vida di Amor!"

Apenas uma partilha...
Um afago Dele em ti...