quarta-feira, maio 05, 2010

"(...) e estai sempre prontos a responder (...) a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança" 1 Ped 3, 15

Fátima Jovem 2010. Não há fotos, não há textos mas precisava tanto que poderia escrever isto outra vez.

Na terça-feira dei por acaso com a Aura Miguel a apresentar "As razões de Bento XVI" na Fnac do Colombo. Sentei-me e ouvi para me convencer a dar os 9,90€ que o livro custa. E se habitualmente me chateia dar muito dinheiro por livros fininhos (o meu inconsciente estabeleceu uma relação um bocado forçada entre a espessura de um livro e o preço a pagar por ele) desta vez foi diferente. Veio a calhar, não desinteressadamente, de certeza, mas veio a calhar.
A propósito da vinda do Santo Padre a este belo jardim à beira-mar plantado também eu me sinto na obrigação barra necessidade de esclarecer e iluminar as ideias e opiniões a ver se não vou nos rebanhos. E o piqueno livro é isso mesmo. Um resuminho (inho, inho...) do pontificado de Bento XVI salteado aqui e ali com um ou outro episódio, digamos que mais descontraído, que aproxima quem quer da pessoa por detrás do Papa.
Isto tudo para dizer que enquanto esperava numa fila vi um rapaz dos seus 18 anos, risonho, bem parecido, descontraído, e do tipo que eu noutra circunstância que não aquela consideraria tipicamente lisboeta, que é o mesmo que dizer com-a-mania-a-parecer-roçar-o-extremamente-mimado (perdão pela sinceridade) a aproximar-se do padre Edgar Clara, porta-voz do Patriarcado de Lisboa e membro da Comissão para a Comunicação da visita do Papa Bento XVI a Portugal, que moderava a apresentação do livro: "Padre Edgar, preciso de lhe dizer duas coisas!" dizia o rapaz, "Então?" disse o padre. "Primeiro, quero confessar-me...".
 A segunda coisa eu já não ouvi não porque não conseguisse mas porque aquele "quero confessar-me" ficou a ressoar por um bom tempo na minha cabeça. E muito mais não digo.

Não consigo não ter esperança no Mundo e nos Homens e não consigo deixar de responder a todo aquele que me pergunta a razão dessa esperança, como pedia São Pedro, o primeiro Papa.

4 comentários:

Edgar Clara disse...

Fico contente de saber que alguém escutou o que era uma apresentação de um linhinhinho com o pensamentão de um papa tão pequeno e humilde que me mais me parece o amor de gente.

Quanto ao rapaz da confissão, também me surpreende a quantidade de vezes que os jovens procuram com toda a naturalidade se aproximam e dizem: "quero confessar-me"! Deus sabe porquê.

Anónimo disse...

É por este “Deus n(d)as pequenas coisas”, em que tu te revelas, que eu gosto assim de ti!
Esquisito? Mas sentido!
Beijinho muito Amigo
Bé :)

A disse...

Fiquei a saber hoje deste blog, e ficou desde já adicionado aos favoritos.

Quanto ao jovem...nao tem que pedir perdao (gostei muito).

fico muito feliz de nos termos cruzado, mesmo que nao nos tivesse-mos apresentado, ja fizemos parte do caminho um do outro.

um bem haja para si e para os seus.

A. Rivotti Appleton

Luís disse...

Acho que os jovens estão numa fase de abrir olhos. Acho que o mais difícil é chegar até eles e fazê-los ver isso mesmo...depois de isso acontecer...naturalmente as coisas surgem e acontecem. Aconteceu comigo.
Andei de olhos fechados durante muito tempo...A achar-me "encontrado" no mundo, e andava eu perdido...sem saber de que existiria uma força que me movia quando eu não a tenho.

Um beijinho Sara,

Luís