quarta-feira, novembro 08, 2006

08/11/06


Hoje estava capaz de me ir embora (...) colocar entre mim e mim o maior espaço possível, esquecer-me do meu nome, dos nomes dos meus amigos, da minha família, do livro que não acabo de escrever e me angustia.

(...)

Hoje estava capaz de me ir embora. Sem espalhafato, sem conversas, sem explicações (...)


Segundo Livro de Crónicas
António Lobo Antunes
Hoje estava capaz de me ir embora.
Queria estar no paredão, aquele santuário.

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