segunda-feira, novembro 27, 2006

Diz que é uma espécie de Mafalda Veiga!

Hoje uma amiga desafiou a sua veia poética e tentou, sem conseguir, pôr nuns poucos de versos a alquimia das palavras que a Mafalda Veiga põe em cada frase, em cada sentido. Mesmo assim, e porque o que se promete cumpre-se, fica aqui a partilha:

Um dia cinzento

Há dias em que a brisa se cala
E os segredos das folhas teimam em não se soltar
E nesses lugares sem guitarras,
Distante de ti e de mãos atadas,
Resta-te a chuva e a maresia
E a vontade de sonhar...
E se às vezes a mão lenta da chuva
Não te deixar viver nem gritar
Agarra-te ao fundo que há em ti
E nesses dias cinzentos,
Fora do tempo e dos muros que te prendem
Solta-te e deixa-te naufragar
Refrão
E descobre-te nesses lugares cinzentos,
Porque os sonhos também nascem da vontade de gritar...
Quando o peso do caminho já se fizer sentir
E o medo de cair emudecer o grito
Abraça as minhas mãos e deixa-te ficar,
Porque sou cais, sou porto, sou abrigo,
E sou também grito nesse dia cinzento
À espera de te encontrar...

Pseudónimo: Ana Restolho
(lool)

1 comentário:

Anónimo disse...

Hum! Não sei... volta a escrever... mas não escrevas por um dia cinzento... escreve por um dia de sol!!!