quinta-feira, novembro 30, 2006

A quem vai passando.

Cada um que passa em nossa vida,
Passa sozinho ...
Porque cada pessoa é única,
E nenhuma substitui a outra...
Cada um que passa em nossa vida,
Passa sozinho,
Mas não vai só...
Cada um que passa em nossa vida,
Leva um pouco de nós mesmos,
E deixa um pouco de si mesmo...
Há os que levam muito,
Mas não há os que não levam nada...
Há os que deixam muito,
Mas não há os que não deixam nada...
Esta é a mais bela realidade da vida.
A prova tremenda da importância de cada um,
É que ninguém se aproxima do outro por acaso.

Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, novembro 29, 2006

Comunicados

1º Comunicado

Ontem doei sangue.
Nunca o tinha feito e foi preciso fazê-lo para me aperceber da importância da contribuição daqueles que se dispõem e o fazem.
Nunca tinha pensado no sangue como uma riqueza: é impossível produzi-lo artificialmente e no entanto é sempre necessário e requisitado.



Não dói, não faz mal...
Penso que vai acontecer uma recolha de sangue em ilhavo por esta semana / fim de semana. Não deixem de participar.

"Doar sangue é doar vida!"

P.S. No final há um lanchinho para não sairem de lá a desfalecer... se isso for motivante!


2º Comunicado

E irmos ao cinema?!... Não?!

Quero ir ver o "Flushed Away" com os meus amigos. Grandes e pequenos, novos e velhos. Vá lá... sim, sim?!

Sexta- feira à noite?! Está tudo convocado...

Pelizeeeeee...

Fico à espera de inscrições.

Frase do dia:

"Os amigos sabem escutar os teus silêncios, sabem onde guardar as tuas palavras. Abrem o coração e recebem o que tu tens para dar sem nunca te exigir o que não tens. Choram contigo e cada lágrima que deitas é para eles algo precioso. Os amigos conhecem-te e sabem o que tens dentro de ti. Conhecem os teus defeitos e mesmo assim continuam a amar-te. Acreditam em ti, lutam por ti. Os verdadeiros amigos simplesmente procuram tornar a tua vida mais fácil, mais mágica, mais bonita!"

segunda-feira, novembro 27, 2006

Diz que é uma espécie de Mafalda Veiga!

Hoje uma amiga desafiou a sua veia poética e tentou, sem conseguir, pôr nuns poucos de versos a alquimia das palavras que a Mafalda Veiga põe em cada frase, em cada sentido. Mesmo assim, e porque o que se promete cumpre-se, fica aqui a partilha:

Um dia cinzento

Há dias em que a brisa se cala
E os segredos das folhas teimam em não se soltar
E nesses lugares sem guitarras,
Distante de ti e de mãos atadas,
Resta-te a chuva e a maresia
E a vontade de sonhar...
E se às vezes a mão lenta da chuva
Não te deixar viver nem gritar
Agarra-te ao fundo que há em ti
E nesses dias cinzentos,
Fora do tempo e dos muros que te prendem
Solta-te e deixa-te naufragar
Refrão
E descobre-te nesses lugares cinzentos,
Porque os sonhos também nascem da vontade de gritar...
Quando o peso do caminho já se fizer sentir
E o medo de cair emudecer o grito
Abraça as minhas mãos e deixa-te ficar,
Porque sou cais, sou porto, sou abrigo,
E sou também grito nesse dia cinzento
À espera de te encontrar...

Pseudónimo: Ana Restolho
(lool)

domingo, novembro 26, 2006

Agora olha!...

Só hoje, na lucidez de um novo dia que desponta após uma noite animada e regadinha, chego à conclusão que eras TU!



("Eras tu, a metade de mim eras tuuu!" - Tony Carreira)



Apesar da palidez que aparentas - eu dissse-te: não bebas! - perscrutei uma certa química entre nós!
Mas "a vida é mesmo assim, feita de desencontros" e a propriedade alheia não se cobiça!




Ana, vou sofrer desalmadamente quando passarem por mim outra vez - tu com ele, debaixo do braço.

Ehe*

Obrigada p'la festa! Que muitos anos venham daqui para a frente e que saibas disfrutar da tua maioridade!
1beijinho e o desejo de que me venhas a proporcionar mais momentos na companhia DELE!!!

sábado, novembro 25, 2006

Para a Juliana =) II

Adsum... (eis-me aqui)
























Tecum sum (sou teu)

quarta-feira, novembro 22, 2006

Para a Juliana =)

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.

O rio não pode voltar.


Ninguém pode voltar.


Voltar é impossível na existência.


Tu podes apenas ir em frente.
O rio precisa de arriscar e entrar no oceano.


E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece.


Porque, apenas então, o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.



Baghwan Sree Rajneesh (Osho) - Filósofo Indiano
Note-se que é o rio Tejo!
'Tás lá!
;)

sábado, novembro 18, 2006

Yo quisera.

Yo quisiera poder ser feliz como um pájaro, una flor que ha nascido en el campo y no espera más que la lluvia o el sol. Yo quisiera nascer cada nueva manãna, en la luz de un rayo de sol que desnuda la más alta montanã. Y bajar en la suave llovizna que cae despertando la tierra con el frescor, la claridad del alba. Yo quisiera sentir libretad como un águila, quando abre sis alas y suelta en el valle una sombra fugaz. Y sentirme raíz del mayor de los árboles, el que roza en las nubes sus ramas desnudas y las hace llorar su tristeza en la suave llovizna, que cae despertando la tierra con el frescor, la claridad del alba. Yo quisiera arrasar todas estas murallas, las que callan mi voz en un hueco de sombra y piedra mortal. Y decodificar el sentir de la gente que no sabe o no puede aprender que vivir es mejor que soñar. Es igual que la suave llovizna que cae despertando la tierra con el frescor, la claridad del alba. Yo quisiera morir en un dia de invierno para sentir la lluvia mojarme la cara una última vez. Como sentir tu boca tocándo la mía y aunque solo un instante pensar que no es ese mi último adiós, que morir es cómo essa llovizna que cae despertando la tierra con el frescor, la claridad del alba.

sábado, novembro 11, 2006

Das coisas que me vêm à memória sem eu saber porquê (ponto final)

Há já uns anos visitei uma exposição na Fundação de Serralves.

Umas das obras de arte presentes consistia em dar a cada visitante uma almofada e fazê-lo sentar-se no chão de uma pequena sala.

Entretanto apagavam-se as luzes e era projectado um filme parecido com este, um pouco mais longo, com uma duração de cerca e 5 minutos.

Passado esse tempo a senhora que havida concebido a obra entrava na sala e perguntava aos visitantes o que tinham visto: a opinião era unânime. Toda a gente tinha visto um pôr-do-sol - um pouco monótono, convenhamos.

Isto repetiu-se outras duas vezes. Ao fim de 15 minutos, a ver o mesmo pôr-do-sol filmado numa praia deserta, saímos. À saída recebíamos um planfleto onde explicavam o intuíto da obra. Era um diagnóstico de Amor.

Diz-se que quem está apaixonado vê um ponto verde no lugar do sol, no preciso instante em que este desaparece no horizonte.

Fica a sugestão e a certeza de que o Amor acrescenta sempre algo.

Pelo menos um ponto verde.

quarta-feira, novembro 08, 2006

08/11/06


Hoje estava capaz de me ir embora (...) colocar entre mim e mim o maior espaço possível, esquecer-me do meu nome, dos nomes dos meus amigos, da minha família, do livro que não acabo de escrever e me angustia.

(...)

Hoje estava capaz de me ir embora. Sem espalhafato, sem conversas, sem explicações (...)


Segundo Livro de Crónicas
António Lobo Antunes
Hoje estava capaz de me ir embora.
Queria estar no paredão, aquele santuário.

sábado, novembro 04, 2006

Do Baú

Hoje um amigo trouxe-me à lembrança outro amigo de infância, o Vitinho.
Não sei se achava mais piada ao próprio, ou à almofada com olhos, ou ao desenho animado espalmado, ou à técnica para apagar uma lâmpada animada.
O que eu sei é que a hora do Vitinho era sagrada quando se tratava do "xi-xi e cama", todas as noites.
Também adorava as papas, de cujas campanhas publicitárias surgiu a personagem Vitinho. Lembro-me de as beber num biberão até aos meus 13 anos. É verdade... e mais caricato ainda era o facto de as beber, até, a dormir.
Daí que não possa desresponsabilizar o Vitinho e as papas Milupa pelo considerável aumento em número e volume dos meus adipócitos.
Mas isso já é outra história...

Obrigada p'las memórias Mário!
"Até amanhã!"


O Vitinho foi um desenho animado de grande sucesso em Portugal, cujas transmissões duraram entre os anos de 1986 a 1997.
A transmissão diária das películas "Boa noite, Vitinho!", sempre em horário nobre, atribuíram-lhe picos de audiência e uma admiração consensual: não só por parte das crianças, mas também por pessoas de todas as idades.

Histórico
Em meados de 1986, a
RTP (Radiotelevisão Portuguesa) decidiu lançar um spot diário de animação com o objectivo de criar um 'marco horário' que levasse as crianças a deitarem-se cedo. Nesse sentido, a Milupa Portuguesa (empresa especializada em alimentação infantil, entretanto renomeada Milupa Comercial SA), que possuía um boneco muito carismático nas suas campanhas, decidiu produzir uma película de animação para adormecer as crianças. Desconhecia-se, no entanto, o sucesso que esse desenho animado viria a alcançar.
Após a transmissão da primeira película de animação, seguiram-se três novas com vista a actualizar a primeira.
Recorde-se que os desenhos animados do Vitinho foram transmitidos todos os dias, em horário nobre, durante uma década.


Fonte: Wikipédia

quarta-feira, novembro 01, 2006

À beira do charco - Ao espelho II

Se chover na madrugada em que eu procuro o meu caminho

Será vaga a nostalgia que outro charco faz viver

A canção lânguida e lenta de quem vai devagarinho

Em cada charco uma mágoa que não se pode esquecer



Tenho ideias que não tenho, sentimentos que não sinto

Sou imagem de outra imagem que se fez não sei de quê

Procurando a minha rota, descobrindo o que não minto

E o que mInto atiro fora para nascer outra vez



Não sou forte nem sou pedra nem sou muro levantado

Nem sou obra que se erga pouco a pouco, tempo fora

Antes sou como uma ideia que se despe do passado

Uma planta enraizada na sina da sua hora


Se chover na madrugada em que eu procuro o meu caminho

E eu cair em cada charco mas seguir por onde vou

Deixarei de olhar no rio de todos mas tão baixinho

Porque é mais profundo o charco onde o que vejo é o que sou.



Mafalda Veiga

Charco